domingo, 11 de dezembro de 2011

Voltei


E depois de muito tempo eu resolvi voltar.Voltei porque essa semana fiz um amigo secreto com as minhas amigas e fiquei um tempão pensando em como seria o meu discurso para a minha amiga secreta. Não que falar do meu amor por ela fosse difícil, mas elas sabem que eu falo melhor dos meus sentimentos quando escrevo.Voltei porque o ano está acabando e como eu costumo dizer, essa é uma época que a gente começa a (re)pensar a nossa vida, nossas atitudes, nossos planos.
Esse foi um ano muito diferente dos últimos anos da minha vida. Foi o ano que eu pude vivenciar toda a liberdade que o mundo tinha para me proporcionar - primeiro ano de formada na faculdade, de efetivada, de novos amigos e novas experiências.

Sou uma pessoa intensa e que se apaixona e se encanta com a vida facilmente. Gosto de quem é assim e gosto das coisas até o fim. Gosto de discutir até sentir que está resolvido. Gosto de comer o pacote de bolacha até acabar. Gosto de beber a garrafa de vodca até a última gota. Gosto de tirar foto pelo celular até a bateria acabar.
Como é de praxe nessa época do ano pensar na vida, chego a conclusão de que evolui em alguns aspectos. Acho que deixei de ser a meninha que todos acham indefesa e frágil para me tornar um pouco mais coração gelado, mas não de uma maneira ruim, de uma maneira boa pra mim.
Só quem me conhece bem sabe o quanto a minha vida sempre foi um drama, uma novela mexicana, como minhas amigas gostam de dizer.
Passei a conviver numa boa com um domingo a noite frio e chuvoso.
Não sei se estou ficando velha, mas antes eu costumava sofrer e hoje amo estar na minha casa, sozinha, vendo TV. Não que às vezes eu não sinta falta de ter alguém para pensar, para mandar mensagens de madrugada, para ligar bêbada dizendo que estou com saudades. Talvez eu só tenha me acostumado ou então, tenha amadurecido mesmo.
Sei lá, é que eu não gosto de pouquinho e as pessoas tem me desencantado facilmente. Algumas pessoas confundem carência com amor, eu mesma já confundi muitas vezes mas, pra mim, pouco amor não é amor. Me conformei que o outro tem direito de simplesmente não gostar mais, por mais que a gente demore para acreditar.
De tanto falarem, aprendi a expandir meus horizontes e me enfiar de corpo e alma na saga de conhecer pessoas novas e dar a chance de se interessarem por mim. E para um pessoa que antes não podia ouvir uma história do cara que comprou o chocolate preferido da menina ou a surpreendeu com uma rosa num passeio comum, não se sensibilizar mais com o namorado de uma conhecida que vai a Paris pedi-la em noivado... nossa, eu mudei.
Sei que em pouco tempo estarei escrevendo de coisas que hoje eu sinto falta e tive de sobra lá atrás. Normal. Cada dia estamos de um jeito. Sou intensa na mesma intensidade em que sou inconstante. Um dia eu quero, no outro não. Um dia estou feliz, no outro não, por mais que eu esconda, muitas vezes.
Confesso que o fato de agora ser a única solteira do meu grupinho de amigas do colégio (tenho sorte de ser uma pessoa de muitos grupos de amigos) me abale um pouco mais ( às vezes). Sabe que a verdade é que eu até gosto dessa emoção do que virá daqui pra frente. Gosto das surpresas que a vida dá na gente. E acho que o ano que se aproxima pode ser o da reconstrução do meu coração.
Estou cheia de sentimentos bons e quero mais.

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