segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não existem respostas, existem certezas

Tenho mania de prestar atenção em tudo ao meu redor. E em todos, principalmente.
Eu posso ter um milhão de defeitos, mas sempre me preocupei muito com os outros, e acho isso bem positivo, aliás. Mas, muitas vezes, deixei que o lado ruim da coisa tomasse proporções maiores, me tornando alguém volúvel a opiniões dos outros, o que me levou a passar por cima do que eu realmente acreditava.
Enfim. Olhares e corações tristes jamais passam por mim sem que eu perceba. Tento sempre fazer alguma coisa para que aquele pobre ser que sofre se sinta um pouco melhor. Não suporto ver alguém que eu gosto sofrendo.
Quando a situação envolve um amigo querido então..torna-se imensurável!
Tenho uma amiga que sempre me dá ótimos conselhos, e que vive bem de perto todas as minhas tristezas e as minhas alegrias comigo. Me entende melhor do que ninguém, me conhece melhor do que ningém. E eu idem. Eu acredito muito que temos alma gêmeas no amor, mas costumo dizer que também temos na amizade!
Ela é uma das melhores pessoas que conheço na vida, e a última coisa que quero é vê-la sofrer.
Tento proteger as pessoas que gosto. Sinto uma necessidade de mostrar que estou ali, sempre, a qualquer hora.
Faz parte da minha personalidade essa característica meio dominadora. Não gosto de perder o controle da situação, senão parece que eu piro.
A verdade é que sinto que estou invadindo o espaço dela. Não faço por mal, quero poupá-la de sofrimento futuro, de mais decepções, porque, assim como eu, ela amou, sofreu e não quero que ela passe por tudo isso mais uma vez.
Mas nós, infelizmente, não podemos privar ninguém daquilo que cada um tem que viver, sozinho.
Quando alguém que você conhece bem foge aos padrões normais de suas atitudes, minimamente que seja, você tenta de todas as formas impedir, mostrar razões, mostrar fatos, mostrar respostas. Mas não existem respostas...
Eu sinto a necessidade de acabar com qualquer pingo de dor e sofrimento que possam existir nas pessoas que eu gosto de verdade. Em situações como essa, meus problemas se tornam minúsculos e me sinto na obrigação de mostrar e fazer tudo que posso para que aquela pessoa seja feliz.
Mas as situações, infelizmente (ou felizmente) não estão no nosso controle o tempo todo!
Exatamente por conta do que eu já vivi, percebo que, por mais que eu faça e insista e mostre mil motivos para que a rota mude e a situação não vá adiante, não adianta.
As nossas experiências não valem para os outros. Chego a sábia conclusão de que cada um tem que viver a sua.
Somos humanos, que precisam cometer seus próprios erros e vivenciar suas próprias experiências.
Não tem receita. Não tem regra. Não tem segredo. E não posso me achar a dona da verdade.
Só não quero ver alguém que amo sendo vítima de descaso, de descuido, de desprezo.

A vida é mesmo cheia de incertezas e aprendizados e nós, apenas pessoas lutando de todas as formas para ser feliz, cada um à sua maneira.
É que depois de tanto tempo longe, depois de ter vido tantas coisas, tantas coisas loucas, uma das poucas certezas que trago comigo são os bons amigos que conquistei.

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