segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Estou de regime.Sim, de novo.
A depressão começou no domingo a noite (pois é, a única coisa que me faz sofrer num domingo a noite) depois de parar e pensar em todas as coisas gordas que eu comi no fds.

Começando na sexta - minhas amigas magras trouxeram frituras e cupcakes na minha casa. Ótimo.
No sábado mais cupcakes, brigadeiros, bolo de aniversário e comida boa. Sem contar cerveja e caipirinha com muito açucar.
Legal.
Domingo mais um almoço maravilhoso cheio de boas companhias. O que era aquela mesa de sobremesa? Sério, eu não tenho autocontrole. Definitivamente, não tenho.
Em exatos dois meses eu embarco numa viagem louca de carnaval. São 2 meses para emagrecer (P-R-E-C-I-S-O) os milhões de quilos que acumulei nos últimos 2 anos. 2 anos de pura alegria, felicidade e péssimos hábitos alimentares.

Devo passar esses próximos 60 dias bebendo água e comendo só alface e tomate?Acho melhor.
Dada a largada. Valeeeeeeendo!



domingo, 11 de dezembro de 2011

Voltei


E depois de muito tempo eu resolvi voltar.Voltei porque essa semana fiz um amigo secreto com as minhas amigas e fiquei um tempão pensando em como seria o meu discurso para a minha amiga secreta. Não que falar do meu amor por ela fosse difícil, mas elas sabem que eu falo melhor dos meus sentimentos quando escrevo.Voltei porque o ano está acabando e como eu costumo dizer, essa é uma época que a gente começa a (re)pensar a nossa vida, nossas atitudes, nossos planos.
Esse foi um ano muito diferente dos últimos anos da minha vida. Foi o ano que eu pude vivenciar toda a liberdade que o mundo tinha para me proporcionar - primeiro ano de formada na faculdade, de efetivada, de novos amigos e novas experiências.

Sou uma pessoa intensa e que se apaixona e se encanta com a vida facilmente. Gosto de quem é assim e gosto das coisas até o fim. Gosto de discutir até sentir que está resolvido. Gosto de comer o pacote de bolacha até acabar. Gosto de beber a garrafa de vodca até a última gota. Gosto de tirar foto pelo celular até a bateria acabar.
Como é de praxe nessa época do ano pensar na vida, chego a conclusão de que evolui em alguns aspectos. Acho que deixei de ser a meninha que todos acham indefesa e frágil para me tornar um pouco mais coração gelado, mas não de uma maneira ruim, de uma maneira boa pra mim.
Só quem me conhece bem sabe o quanto a minha vida sempre foi um drama, uma novela mexicana, como minhas amigas gostam de dizer.
Passei a conviver numa boa com um domingo a noite frio e chuvoso.
Não sei se estou ficando velha, mas antes eu costumava sofrer e hoje amo estar na minha casa, sozinha, vendo TV. Não que às vezes eu não sinta falta de ter alguém para pensar, para mandar mensagens de madrugada, para ligar bêbada dizendo que estou com saudades. Talvez eu só tenha me acostumado ou então, tenha amadurecido mesmo.
Sei lá, é que eu não gosto de pouquinho e as pessoas tem me desencantado facilmente. Algumas pessoas confundem carência com amor, eu mesma já confundi muitas vezes mas, pra mim, pouco amor não é amor. Me conformei que o outro tem direito de simplesmente não gostar mais, por mais que a gente demore para acreditar.
De tanto falarem, aprendi a expandir meus horizontes e me enfiar de corpo e alma na saga de conhecer pessoas novas e dar a chance de se interessarem por mim. E para um pessoa que antes não podia ouvir uma história do cara que comprou o chocolate preferido da menina ou a surpreendeu com uma rosa num passeio comum, não se sensibilizar mais com o namorado de uma conhecida que vai a Paris pedi-la em noivado... nossa, eu mudei.
Sei que em pouco tempo estarei escrevendo de coisas que hoje eu sinto falta e tive de sobra lá atrás. Normal. Cada dia estamos de um jeito. Sou intensa na mesma intensidade em que sou inconstante. Um dia eu quero, no outro não. Um dia estou feliz, no outro não, por mais que eu esconda, muitas vezes.
Confesso que o fato de agora ser a única solteira do meu grupinho de amigas do colégio (tenho sorte de ser uma pessoa de muitos grupos de amigos) me abale um pouco mais ( às vezes). Sabe que a verdade é que eu até gosto dessa emoção do que virá daqui pra frente. Gosto das surpresas que a vida dá na gente. E acho que o ano que se aproxima pode ser o da reconstrução do meu coração.
Estou cheia de sentimentos bons e quero mais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

MUITO amor....e muitas saudades!


Eu sempre soube que quando esse dia chegasse não seria fácil pra ninguém aqui em casa...
Cachorro é parte da família né, é gente, tem sentimento, ama, chora...
A Tammy chegou em casa em 1995, comprada em uma feirinha de cachorros de shopping. Eu que a escolhi! Eu queria uma menina, poddle, preta! Eu tinha só 5 ou 6 anos, mas eu sabia que era ELA!
O nome foi uma luta, a gente não tava acostumado com isso né, então ligamos para as minhas tias inventando uma história esfarrapada e ficamos colhendo dicas de nome. Sei lá como finalmente foi escolhido, mas foi - Tammy. Mais pra frente acrescentamos o Maria nela também (rs), ideia da minha mãe... Acho que faltava alguma coisa pra gritar quando ela etsivesse brava com a Tammy, então ela colocou Maria também.

Caraca, minha cachorra é incrível.
Durante esses 16 anos ela foi a maior companheira, minha, da minha mãe, do meu pai e do meu irmão. Ela só nos deu alegria e fez da gente uma família muito mais feliz.
De duas semanas pra cá, quando ela começou a ficar ruim de verdade, fiquei lembrando de algumas coisinhas dela que me alegraram muito. Lembrei de como ela gostava de dormir ouvindo música quando era pequeninha, como eu até limpava o xixi e o cocô dela no começo, pq minha mãe dizia que EU que quis um cachorro. Lembrei dela nas nossas viagens, caramba, levamos ela de carro com a gente pra Santa Catarina, e fizemos ela ficar no hotel junto com a gente. Lembrei de como ela corria... a gente sempre achou que ela tinha rodinha nas patinhas... Sem contar os sustos que ela deu na gente: foi atropelada, tomou veneno da dengue, teve convulsões, passou por uma cirurgia mega arriscada e sobreviveu.. A gente passou a noite no veterinário chorando uma vez...
Eu fiz muito por ela, mas não chega nem aos pés do que os meus pais fizeram. Passaram noites em claro, deixaram de viajar, deixaram de sair casa, gastaram horrores com remédios, banho, tosa, roupinhas, brinquedinhos...

Todo mundo que convive comigo sabe o quanto eu sou louca por todos os animais e o amor imensurável que eu tenho pela Tammy... Minhas amigas sempre disseram que tinham medo do dia que ela tivesse que partir e eu sempre avisei todo mundo: o dia que ela morrer, não vou querer falar com ninguém, vou faltar no trabalho e nunca mais vou querer um cachorrinho...
Ai a gente vê o quanto estamos crescidos e o quanto é necessário encarar a perda de alguma forma. Na semana passada ela ficou internada e quando cheguei lá, achando que ela nunca mais voltaria pra casa, ela me viu e balançou aquele rabinho lindo até não poder mais. Eu e meu pai choramos igual criança e trouxemos ela pra casa. E agora eu sei que ela só voltou pra se despedir da gente mesmo, pra que a gente pudesse apertar, agarrar, beijar e fazer muito carinho nela, e pra que a gente fosse se preparando...

Jamais vou esquecer aquela pelo preto que já estava cinza, quase branco, aquele fucinho gelado que eu apertava todo dia, aquelas patinhas que adoravam carinho no joelho, o topetinho que às vezes ficava meio achatado e a gente morria de rir, dos laços que ela usava nas orelhas, enormes, escandalosos... Do queijinho branco que ela comia todos os dias de manhã... Da inteligência dela, que levantava da caminha todo o dia a tarde me chamando pra levá-la pra passear. Ela não podia ouvir a palavra passear que pulava na gente, saia correndo e ficava toda feliz. Daquele olhar... mesmo todo mundo falando que ela já estava ceguinha, ela me enxergava, e eu sei que ela me olhava nos olhos quando eu falava com ela. Das roupinhas, do vestidinho rosa, da coleira amarela, do travesseiro, dos cobertorzinhos dela... Não vou esquecer dela sentada no sofá, à espera da gente chegar em casa, dela olhando pra baixo da escada esperando que eu aparecesse pra agarrá-la, de quando ela abaixava as orelhas sabendo que a gente estava se aproximando pra apertar muito ela... Senpre que eu olhar para o tapete da sala vou lembrar dela abrindo a bala butter toffel..
Nossa, vou sentir saudades, neguinha. Saudades de ver você andando pelo corredor, passando de quarto em quarto pra ver se todo mundo já estava em casa, de você latindo na varanda, chamando a gente pra passear, entrando na mala de viagem, vibrando com a sua malinha pronta, de dar maça picadinha pra você...

A ausência dói demais, neném... Isso é que mata... não poder te abraçar, não ter seu corpinho pra esmagar, beijar...dar carinho...
Eu sei que você não estava aguentando mais e hoje, quando me despedi de você, antes de mais uma saga ao veterinário, eu disse: "te amo meu amor, se seu corpinho não aguentar mais, pode ir tranquila, vai em paz, você já fez a gente muito feliz... " você me olhou como quem dizia: "obrigada, que bom que posso partir então"...
A única coisa que a gente não queria era ver você sofrendo, passando dor.
Então... ai no céu, olha por nós, cuida da gente, e nunca esquece de como você fez a gente feliz!
Você é o amor da nossa vida, sempre foi, e sempre vai ser!
Ocupe o lugar mais lindo no céu dos cachorros, anjinhooo, TE AMAMOS!

domingo, 3 de abril de 2011

Aprendi a ser durona e forte, apesar do coração mole, mas assumo: tenho sentido a falta de alguém!

terça-feira, 22 de março de 2011

o que eu sempre quis conseguir dizer

Foi assim, de repente e, finalmente, aconteceu.Caramba, não é que é verdade que esse dia finalmente chegaria!!!
Todo mundo sempre diz que o tempo é o melhor remédio para curar todas as nossas mágoas e tristezas, né, e é incrível a vontade que dá de socar a cara da pessoa que insiste nisso quando você está no auge da sua depressão, daquela saudade sem fim, daquela dor de cotovelo interminável, mesmo que, no fundo, por tudo que a gente vê por ai e vivência, sabemos que é a mais pura verdade.
Para alguns esse tempo demora, passa arrastado, para outros voa...
Cada um tem uma maneira de lidar com a dor: bebe, come, arruma novos amores, curte a família, chora, engorda, sai loucamente, não sai nenhum dia, faz novos amigos, se fecha no seu mundo, reza. Eu tive todas essas fases.Passei por cada uma delas de uma forma muito intensa. Já fiquei tão mal, tão acabada, e o que eu mais precisava era que esse momento chegasse logo....E, num piscar de olhos, chegou mesmo.
Por mais que eu não me importe mais e, definitivamente, não queira saber de mais nada da sua vida, as notícias sempre acabam chegando até mim, de uma forma ou de outra, e ai, quando isso acontece, é inevitável não lembrar de você.
E dessa vez me peguei pensando de uma forma diferente, ou melhor, indiferente.
Toda a nossa história passou como retrospectiva na minha cabeça e foi a coisa mais natural do mundo pra mim.
Até me surpreendi quando tentei lembrar daquele número de telefone que eu liguei tantas vezes, insistentemente até que você atendesse,  e não consegui. Nem sequer um número.

Acho que passou, né? Foi difícil, foi muito maluco, foi muito forte. Tudo que sobrou de você aqui se transformou em dó. Sei que não preciso ficar escrevendo isso para me autoafirmar de que não sinto mais nada por você, mesmo porque ouvi dizer que quando a gente “perde” tempo escrevendo sobre alguém, significa que a gente não esqueceu. Mas eu sempre tenho os meus próprios pontos de vista, você sabe. Escrevo para dar vazão a toda a minha emoção e, nesse caso, a minha racionalidade, que não me deixa falhar.

Eu só quis ser boa o bastante pra você, sabia? Sei que você também deve carregar as suas mágoas, escondidas nesse coração gelado. Aliás, esse foi sempre o seu problema. Esse escudo, sempre blindado, sempre forte e dono da situação. Foram anos de convivência e, caramba, as minhas lágrimas poderiam inundar uma cidade inteira, e foram tão poucas as vezes que te vi chorar...
Eu pedi tanto pra gente conversar, porque sabe né, eu gosto de falar, falar dos sentimentos, por pra fora, resolver, deixar tudo em pratos limpos. Já você, as coisas tinham que ser sempre à sua maneira. Será que hoje você não pensa naquelas palavras todas que você disse, e em como elas poderiam realmente me machucar? Eu lutei para relevar as suas caras feias, implicâncias, imposições. Você me achava uma tola, uma criança, mas é que eu nunca tive vergonha de chorar na sua frente, de expor meus sentimentos. Sempre paguei o preço por ser transparente, por mostrar quando não gosto, quando não estou feliz. Eu só queria carinho, colo, atenção, cuidado. Lembrei de quantas vezes eu fui embora esperando que você saísse correndo atrás de mim, mas nem todas você veio...
Eu sei das nossas diferenças, dos seus defeitos e, ao contrário do que você sempre pensou, eu conheço os meus defeitos e tentei lidar com eles. Entenda de uma vez por todas que você também tem os seus. Você deveria aprender a falar com as pessoas. Você sempre preferiu usar a grosseria em vez do cuidado.
Hoje eu enxergo que todo o problema é que você, infelizmente, não teve e nem terá a oportunidade de viver tudo que eu vivi, ou melhor, tudo que estou vivendo.
Sei que eu também te decepcionei em alguns momentos. Eu errei, você errou... e nós dois acertamos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

a gente briga, mas sou sua fã...sem ressentimentos, sou sua irmã!

Uma vez eu ouvi uma frase que falava que a gente só briga com quem a gente gosta e, desde então, venho utilizando como desculpa para todas as confusões, intrigas e chatices que eu arrumo por ai com as pessoas queridas que estão a minha volta. Não que ela seja 100% verdadeira, mas tem sua parte real, vai...

Na semana passada, tive uma discussão bem boba com umas das minhas melhores amigas. Na verdade, há algum tempo estamos insistindo em discutir por motivos ridiculamente banais mas que têm sido suficientes para tirar todas nós do sério.
Somos 3. E sempre fomos uma pela outra. O problema é que às vezes a gente sabe que está certa, ou pelo menos acha que está, e em certas situações não cabe passar por cima dos nossos sentimentos e do que estamos achando de determinada situação só pra não se indispor com alguém querido.
Acho que levei isso tão a sério que ultimamente não tenho segurado nada: nem reação, nem palavras...
Falei na cara e falei sem pensar.Assim como as duas também fizeram algumas vezes, e tudo foi se transformando numa imensa bola de neve. Tive vontade de não atender telefone, não responder e-mail e nem esboçar nenhum sorriso diante das situações que estávamos forçando...
Mas eu sempre sou a que cede. Uma delas até fala pra mim que quando alguém quer fazer drama, quer chorar, quer retrucar, quer ser "coitadinho" vem desabafar comigo, porque eu sempre dou ouvidos, fico com dó, fico arrependida. E isso acontece muitas vezes mesmo.Pollyana. E quero sempre que as coisas se resolvam!

Quando eu finalmente enxergo que errei, eu peço desculpas numa boa. Acho que pedir desculpas pode até ser cômodo quando a pessoa já está acostumada a dar mancada com você, mas já falei isso aqui e acho que pedir perdoar (e perdoar) é uma atitude super corajosa, e o fato da pessoa estar errada, não dar o braço a torcer  e levar tudo sempre pro lado ruim é o que realmente me tira do sério.
Outro dia falei algo que chateou uma dessas amigas e isso me fez pensar em quantas vezes eu já quis ser dona da siatução e falei coisas sem pensar que, com certeza, já magoaram muita gente.

Amizade é assim. tem suas manias, suas diferenças, suas dificuldades. A gente acaba se cobrando muito né, e esquece que de amizade não se cobra, que ela existe por existir e não devemos nada em troca. E é assim. Quem não erra? Mas quando erra, tem que pedir perdão. A gente quer ser perdoada. Porque amar e gostar é pedir desculpas, principalmente quando se magoa alguém.

Entendi que nada é pior do que pensar "se fosse eu, não agiria assim" ou então "ela deveria saber como eu estou me sentindo, deveria pedir desculpas, deveria dizer algo..". Ninguém tem a obrigação de adivinhar como a gente pensa. E ninguém pode ser como a gente quer que seja. Cada um é cada um e a convivência nos traz os melhores ensinamentos da vida, bons e ruins. Amar também é aceitar. E quando a gente gosta de alguém, tem que aceitar a pessoa como ela é. Os toques, dicas e conversas são sempre bem vindos, mas a essência de alguém, não se muda. Viver é isso - é amar, é aceitar, é entender e é não julgar.. e só depois de entender isso, ou melhor, começar a entender isso, é que a gente aprende a viver melhor!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

avós E(pa/ma)TERNOS

Hoje eu senti uma saudade dos meus avós...
Dos avós paternos que eu vi no fds passado, e que moram bem pertinho de mim; dos avós maternos, que moram a mais de 300 quilometros de distância, e que não vejo há alguns meses...
Sempre enchi a boca pra dizer o quão sortuda eu sou, porque ainda tenho os quatro avós, e isso é demais pra mim! Me orgulho e me sinto a pessoa mais feliz do mundo! Avós são mesmo, a melhor coisa que existe!

Fiquei lembrando, vó, de todas as vezes que eu te liguei pedindo pra rezar por mim: ou porque eu tinha uma prova, ou porque ia prestar vestibular, ou porque ia fazer uma entrevista de trabalho...
Das vezes que eu liguei chorando, porque meu coração estava doendo, e eu, sofrendo de amor...
Lembrei vô, olhando as nossas fotos antigas, de como o senhor me achava a neném mais linda do mundo, e de como eu era paparicada...
Lembrei do seu sorriso vó, toda as vezes que a gente chegou de surpresa na sua casa.. E de todos os quilos que eu engordei a cada fds comendo doce de leite, biscoito, bolachinha...
Fiquei pensando, sabe vó, em quem vai fazer aquele bolo com coco e leite condensado pra mim, quando a senhora não estiver mais aqui...
Lembrei, vô, que você quis me emprestar o seu celular, quando eu esqueci o meu na praia aquela vez, vô, lembra? E que saudades eu vou sentir, um dia, de andar pela cidadezinha segurando no seu braço, né vó? parando pra conversar com todo mundo, sem contar as idas nas casas das suas irmâs, no asilo, na padaria, na igreja... Ah, lembrei quando a senhora quase morreu de tristeza quando eu disse que não gostava de ir à missa, na minha aborrecência... Mas lembrei da sua alegria quando me viu pedindo para acordar às 6h da manhã para acompanhá-la na missa...
Lembrei vô, que você me disse uma vez "Não chora, ucê não merece isso...Ah sô, ucê vai arrumar um moço bom demais pro cê"..e a gente que pensava que o senhor não estava prestando atenção na conversa...rs
Eu sempre te falei, né vó, que a senhora é a pessoa mais iluminada e com o melhor coração do mundo né...que orgulho que eu tenho da senhora, sempre renunciando a sua vida pelos outros...
A senhora mandou eu aproveita a vida né, vó, que eu era nova demais, e eu tô viu vó, como você queria...
Lembrei das vezes que eu fiquei brava com o vô pq ele não queria deixar na novela, ou queria assitir o terço, ou então, queria que a gente fosse dormir e ainda eram 20h.. Ele tá velhinho né vó, a gente tem que entender...
Lembrei da carinha do vovô, daquele lugar específico que ele gosta de sentar pra ver TV, do salão de cabelereiro dele... Lembrei até de quando ele disse que eu não podia ser bailarina pq tinha que ser beeem magrinha (rs) e até hoje ele jura que não disse...
Sabe o que eu não esqueço vó? que o único nome de Praça que eu sei até hoje, é aquele que a senhora me disse quando eu tinha que escrever na lição de casa... Lembrei das vezes que vocês duas costuraram e fizeram coisas lindas pra mim...
Lembrei das vezes que a gente sentou na sua cama vó, e ficou conversando horas... E a senhora ficou me contando histórias antigas, histórias sobre religião... Das vezes que a senhora estava caindo de sono, mas se recusou a ir dormir só pra não me deixar sozinha... Lembrei de como até hoje, vó, você fala de quando eu nasci, lembra de como eu gostava de tomar cafè com você, né vó. E quando o vô fazia amendoim só pra nos receber? que delícia! Lembrei do vô contando história das viagens dele, de quandoele era jovem... Vocês foram na minha formatura né, vocês são incríveis! Vocês me ensinaram... tantas coisas...
Vocês quatro sempre me acharam boa né, vó? e sabe.. disso eu não vou esquecer! Vcs sempre falaram de como eu sou amorosa com vocês e hoje, esse saudades, é o que ta me fazendo chorar aqui... Porque eu queria estar bem pertinho, todos os dias... Em todas as despedidas é um tal de " te amo muito" porque sabe né vó, eu morro de medo de vocês partirem sem saber que eu amo muito vocês!

Todos os dias, eu rezo muito por vocês, e pela saúde de vocês...
Desculpem por todas as zonas que eu já fiz na casa de vocês, todas as vzes que eu levei um monte de amiga pro carnaval, vó, os diaaas que eu fico sem ligar, o tempo que, as vezes, eu demoro pra aparecer, e até as vezes que eu falo coisas da boca pra fora, se é que eu já magoei vocês...
Mas eu não deixo de pensar em vocês viu, vó, viu vô...
Eu rezo, porque você me ensinou né, vó...

Com amor,


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E agora, onde te buscar?


E de repente, ali, caminhando, eu te vi...
Na direção contrária a minha...
Coração acelerado, pernas bambas, pés fora do chão...
Como alguém assim, aparece, sem mais nem menos, renovando todos os nossos pontos de vista...não é? São gestos, palavras, olhares, que mudam tudo.
Bom dia soooool!
Hoje me pergunto, mais uma vez, exatamente como tenho feito todos os dias, se vou te encontrar dnovo...
Me pareceu coisa do acaso, talvez fantasiado de coincidência, ou então, puramente o destino...
Como eu não percebi que, todos os dias, o meu caminhar, meus passos e meu olhar estavam sempre a procura de algo assim? Em todos os rostos estranhos que me deparo todos os dias, acho que eu te procurava.

Sabe, foi em umas das minhas saídas sem destino, sozinha, no meu mundo, no meu eu, que te vi passar... No meio da fuga de mim mesma, que você aconteceu...

Naquele momento, vi em ti meus propósitos, minhas razões de continuar acreditando e os motivos de ter a certeza de que um dia, o meu desejo tão puro e sincero será. Fé renova, alma leve...foi assim que me senti...

Eu e minha busca diária pelos encantamentos, e pelos bons encontros da vida!

Se alguém me dissesse que todos os anjos e toda a luz do mundo te iluminavam naquele momento, eu não demoraria a acreditar...
E foi nesse sem querer, querendo, que acordei desejando que fosse real.. aliás, seria muito mais fácil, se fosse real. Desejei te ver feliz...

E agora me diz, quem é você, que apareceu, e seguiu para outra direção?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Me afasto... por tempo indeterminado


Sinto uma necessidade absurda de me afastar...
Apesar de, ultimamente, ter tentado viver a filosofia do desapego (e ter me saído, ou melhor, saindo) muito bem... sempre fui uma pessoa que se apega muito às outras.

Sofro a distância e ausência de pessoas com quem dividi momentos, histórias...
Sinto saudades que doem, apertam fundo o peito...

Na minha cabeça,  nasci pra ser feliz! Sinto uma pressão profunda de que é uma obrigação... ser feliz...
E quando a vida chega e traz aquelas coisas amargas, azedas, que nos tiram do eixo, nos fazem perder o chão... a gente se perde... O coração se decepciona, chora...
Ai, eu sou sensível. Queria ser menos, sabia? Queria ter o dom de agir um pouco mais com a cabeça. Porque, meu deus, não consigo ser racional? Não consigo mais tentar me cobrir com um escudo, pra tentar me proteger de tudo e de todos... Sou coração de alma, alma de coração. Tomas as minhas atitudes, ações,pensamentos, são tomados pelo coração. Gosto assim, de quem é quente, de quem tem amor correndo pelo sangue...

E, por ser assim, fico triste...Ai, fiquei triste...me deixa!

Sabe quando você tem tudo sob controle, pessoas debaixo do seu guarda-chuva, e ai, de repente, essas pessoas estão em outra? a situação foge ao controle, e não tem mais o que fazer. Odeio ter que fingir que aceito uma coisa, só pra ser madura. Não quero ser madura agora. Não venha me mostrar racionalidade quando o assunto é o coração, em particular, o meu coração!
Despejo com vontade a confiança, segredos, meus medos... Nem penso duas vezes em abrir a minha vida como um livro, pra quem quiser ler.. grande problema!

Aliás, tenho um problema maior ainda: eu sempre busco o lado bom das pessoas. E, até mesmo quando elas não tem esse lado, eu encontro, eu crio, invento, eu enxergo, sei lá, e ai, é claro, eu me decepciono. Ai, eu sempre fui assim. Busco me encantar, me admirar com tudo e todos ao meu redor.
E tenho sentido necessidade de me afastar... Será que vi seu lado amigo, bom, confiável, e na verdade, ele só existiu pela necessidade de conviver comigo durante alguns anos?
Gostaria de ñão criar raízes, com as pessoas todas que aparecem na minha vida... Quando elas tem que partir dói demais...
Tenho achado melhor, agora, desconfiar. E pra não me decepcionar (mais), em vez de apenas desconfiar, me afasto!
Por que as pessoas são assim? A gente confia, se entrega de alma, coração, e elas traem nossa confiança. Palavras tem que ser dignas. Tem que ser honradas!
Ai, fiquei triste. E o melhor agora é recusar seu convite de que "nada vai mudar", porque, sejamos sinceras: já mudou tudo! Não dá, não quero... quem sabe mais pra frente, quando eu tiver com o espirito e alma um pouquinho mais evoluida. Saiba que todas as minhas palavras maduras, ditas, não foram sinceras.... Porque tem sido dificil aceitar, por mais que não pareça!

Por enquanto, me despeço aqui...